Humberto de Campos e o gigante da Pedra do Sal
A cabeça do gigante. Pedra do Sal, agosto de 2016. Foto: Raphael Cruz |
Em 1895, o ainda menino Humberto de Campos veraneou na Pedra do Sal com sua mãe e em uma crônica descreveu esse enorme rochedo localizado na Praia Mansa:
A maior curiosidade do lugarejo marítimo era, entretanto, os seus rochedos. Havia pedras enormes, de feitios bizarros, de dez e mais metros de altura. Algumas constituíam, mesmo, a reprodução da fisionomia humana. E eu ainda me lembro de uma, grande e alta como uma casa, que possuía dois olhos, e nariz, e a boca imensa, rota em uma das extremidades. A onda vinha de longe, e atirava-se à cara do monstro. Ele bebia-a; engolia; mas vomitava-a de novo com asco e com estrondo, repelindo o resto pelo rasgão de pedra, que a água cavara durante séculos.
CAMPOS, Humberto de. Memórias: primeira parte (1886-1900). Rio de Janeiro: WM Jackson Inc., 1947
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